OEA pode analisar imprensa brasileira

Beto Almeida arranca aplausos aos propor cumbre presidencial sobre meios de comunicação


Quem se lembra do jogo sujo da imprensa brasileira (algumas exceções, como Carta Capital, Caros Amigos e Brasil de Fato) contra a reeleição do presidente Lula? Pois é, agora em Caracas, durante o Encontro Latino-Americano Contra o Terrorismo Midiático, que se encerra neste domingo, dia 30, tal atuação entrou em pauta juntamente com processos eleitorais e situação das gestões dos presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Néstor Kirchner (Argentina), Daniel Ortega (Nicarágua) e Rafael Correa (Equador).


O diretor do jornal Últimas Notícias (o mais lido da Venezuela), Eleazar Diaz Rangel, ao falar sobre Guerra Midiática na América Latina, propôs que a Relatoria Especial para a liberdade de imprensa da Organização dos Estados Americanos (OEA) analise a cobertura feita nesses países. Ele entende que na ocasião “se formou uma diabólica aliança para apoiar as candidaturas de direita, tradicionais, conservadoras, representantes de interesses alheios a nossos países, a nossos povos, enquanto simultaneamente negavam espaços para informações e opiniões favoráveis aos candidatos do povo”.


Cumbre presidencial – Já o jornalista brasileiro Beto Almeida, que dirige no Brasil a emissora de TV Telsur (criada por governos da América Latina, a partir de Caracas), participou do painel Imperialismo versus Unidade Latino-americana e propôs a realização de uma cumbre de presidentes sobre os meios de comunicação. A proposta foi muito aplaudida. O presidente Hugo Chávez, em várias oportunidades, tem destacado a importância do tema, comentando já tê-lo abordado em diversas ocasiões com colegas da América Latina e Caribe.


Beto Almeida fez outras propostas, a exemplo de: integração de TV’s públicas e estatais dos vários países com a Telesur; coordenação para formação de jornalistas independentes, rebeldes e revolucionários; e um programa que estimule a leitura de jornais e livros. Ele fez uma palestra ressaltando as pressões da imprensa brasileira contra o governo de Getúlio Vargas no momento em que o país adotava uma postura nacionalista, recordando a criação da Petrobrás e o sucesso da antiga Rádio Nacional, bem como a elaboração da legislação trabalhista.


Sublinhou ainda o papel do rádio na história recente do Brasil, ao lembrar a reação popular a partir de Porto Alegre, comandada pelo então governador Leonel Brizola, através de uma cadeia de rádio, em 1961, quando as forças de direita, afinadas com os interesses dos Estados Unidos, tentaram impedir a posse de João Goulart em seguida à renúncia do presidente Jânio Quadros. No sentido integracionista da América Latina, Beto lembrou a determinação do presidente Lula de adotar no país o ensino obrigatório do espanhol.

Comentários

Ana Terse Soares disse…
Jadson e Valda!

Aprveitem a VENEZUELA!

Jdson,
Só uma perguntinha...
"POR QUE NÃO TE CALAS??".. rsrsrs

Bjocas
Aninha
Anônimo disse…
ler todo o blog, muito bom