VIOLÊNCIA E TENSÃO NO SUL DA BAHIA (repúdio à invasão de aldeia indígena)

(Nota do Grupo Tortura Nunca Mais/Bahia – GTNM-BA, assinada por seu presidente, o sociólogo Joviniano Neto (foto), velho lutador em defesa dos direitos humanos)

“Na manhã de hoje (1º./fevereiro), às 5:40 horas, a Polícia Federal invadiu a aldeia ACUÍPE, dos Tupinambá de Olivença. Derrubou casas, agrediu pessoas, removeu 40 famílias. A ação da PF implanta ordem judicial que, divergindo da FUNAI não reconhece a área indígena. A invasão ocorre, exatamente, no dia em que o Diário Oficial da União publica a decisão do STJ de 02 de janeiro, derrubando a liminar que proibia a divulgação do relatório declaratório da FUNAI e garantindo o prosseguimento do processo de demarcação. Assim, o uso da violência na expulsão de moradores para atender interesses imobiliários ocorre na Bahia e para favorecer empreendimento de questionada de capital estrangeiro contra populações tradicionais.


O Grupo Tortura Nunca Mais-Bahia – GTNM-BA, responsável pelo Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, tem acompanhado, há mais de um ano, a questão e testemunha a pressão, discriminação, brutalidade e até tortura desencadeadas contra os índios.

Neste momento o GTNM:

1. Repudia a violência, que não é solução, mas problema;
2. Reivindica a conclusão da demarcação das terras para que esta população tenha paz com a posse de suas áreas de ocupação tradicional;
3. Exige o respeito aos direitos individuais e coletivos dos Tupinambás;
4. Reafirma seu compromisso na construção de uma sociedade democrática, justa e solidária através da diversidade e diálogo”.

(Esta nota me foi enviada pela companheira Cidélia Argolo, da direção do Centro de Educação e Cultura Popular - Cecup. Matéria sobre o assunto pode ser lida no sítio do jornal Brasil de Fato, é só clicar aqui).

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