JORNADA DA JUVENTUDE BRASILEIRA: "SÓ COM O POVO NA RUA É QUE VAMOS CONSEGUIR DE FATO AS GRANDES MUDANÇAS" (vídeo)


Juventude deve ascender massas à luta política, diz o dirigente do MST, Raul Amorim, em meio aos preparativos da 1a. Jornada de Lutas da Juventude Brasileira. Acabar o "latifúndio da mídia" está entre as seis bandeiras de luta do encontro.

Por José Coutinho Júnior, da Página do MST, de 19/03/2013

Mais de 30 organizações de juventude organizam a 1a. Jornada de Lutas da Juventude Brasileira.

O coordenador do coletivo de juventude do MST, Raul Amorim, avalia que a jornada é um espaço para construir unidade entre as diversas organizações de jovens e afirmar o compromisso por profundas transformações sociais no país.

As atividades da jornada serão realizada entre 17 de março a 11 de abril. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, as manifestações acontecem na próxima semana.

“Queremos que as organizações que participarem da jornada continuem a se encontrar, para poder lidar com os desafios e lutar pelas bandeiras da juventude”.

Confira abaixo a entrevista de Raul Amorim para a página do MST sobre a 1a. Jornada de Lutas da Juventude Brasileira:

Como surgiu a ideia de organizar uma jornada unificada da juventude?

A jornada da juventude nasce em novembro de 2012, com uma convocatória ampla a partir da UNE (União Nacional dos Estudantes), MST, CUT (Central Única dos Trabalhadores), Levante Popular da Juventude, e apenas na primeira reunião mais de 20 organizações apareceram.

(...)

Com a jornada, pretendemos tensionar o projeto proposto pelo atual governo, que não representa um projeto popular. Acreditamos que houve avanços nas políticas públicas e para o país, mas da forma como está, esse governo não vai garantir as reformas estruturais que o Brasil precisa. Só com o povo na rua é que vamos conseguir de fato as grandes mudanças.

Quais as bandeiras da jornada?

Definimos seis bandeiras principais para a jornada: a luta contra a violência, a luta por uma reforma política, pelo trabalho decente, o financiamento da educação com 10% do PIB para educação, a Reforma Agrária no Brasil, que é extremamente importante para que tenhamos alimentos saudáveis para o povo brasileiro, e a última é a democratização dos meios de comunicação, pois precisamos acabar também com o latifúndio da mídia.

(...)

Outro objetivo dessa jornada é reafirmar a necessidade da revolução socialista, que venha abolir todo o tipo de propriedade, acabando com esse projeto de sociedade que coisifica o ser humano, o transforma em mercadoria.

(Para ler toda a entrevista)

Comentários