ESQUERDA PARAGUAIA FAZ AGENDA PARLAMENTAR



Hugo Ritcher, senador eleito (assim como o ex-presidente Fernando Lugo): Frente Guasú, de esquerda, será a terceira força no Senado (Foto: Internet)
Por Agência Prensa Latina, de 05/05/2013

Assunção - Uma assembleia geral da Frente Guasú - coalizão de partidos políticos e organizações sociais paraguaias - tirou uma agenda parlamentar de conteúdo social e convocou um Congresso Nacional dessa instância de esquerda.
 
Hugo Ritcher, vice-presidente da Frente e senador eleito nas últimas eleições, informou que esse grupo está disposto a chegar a acordos com outras forças políticas no Congresso para um compromisso de apoio a um programa de leis sobre reforma agrária, saúde e educação gratuitas.

Esse acordo deverá incluir também os temas das relações com a Venezuela, o regresso ao Mercosul e Unasul, uma lei tributária e outros pontos e só depois terá entendimentos para a constituição da Mesa Diretiva do Congresso.

A Frente Guasú, de acordo com os resultados das últimas eleições, é a terceira força no Senado e conta com a possibilidade de coincidências com outros deputados de partidos menores de esquerda e centro, o que é necessário para constituir qualquer maioria no Senado.

Não podemos, por exemplo, integrar uma Mesa Diretiva do Congresso e na hora de tratar os temas da Venezuela, Mercosul e Unasul, ou qualquer outro, então tenha votações contrárias ao acordado, explicou Ritcher.

Acrescentou que, de agora a dezembro, além desses temas mencionados, está o da aprovação de um Orçamento Nacional com conteúdo social, para o qual a Frente iniciará visitas pelos diferentes departamentos a fim de conversar diretamente com a população sobre o assunto.

Quanto ao orçamento vamos defender os projetos de justiça social que iniciamos durante o governo de Fernando Lugo e vamos levar ao nível de lei os decretos de saúde e educação totalmente gratuitas e a reforma tributária, expressou.

Outros acordos são a criação da Secretaria Geral da Frente, pois ainda que Lugo continuará como seu presidente, deverá assumir a direção da bancada senatorial; e também será convocado um Congresso Nacional para o próximo mês de novembro, a fim de aprovar estatutos e programa.

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