LULA, O MENSALÃO E A MÍDIA: GOVERNO E PT FOGEM DA MÃE DE TODAS AS BATALHAS



Mas, que diabos, será mesmo que para se manter no governo o PT deve abdicar da luta pelo imaginário das pessoas? Será que as táticas eleitorais e as estratégias de marketing político devem prevalecer ante a luta mais subjetiva pela hegemonia moral na sociedade?

Por Bepe Damasco, em seu Blog do Bepe, de 28/11/2013

Desde 2005 a sociedade vem sendo brutalmente manipulada pelo conglomerado midiático de direita sobre a questão do mensalão. Mas o PT a tudo assiste passivamente. A farsa montada por Barbosa e acatada pela maioria dos ministros do STF, segundo a qual houve desvio de dinheiro público e compra de deputados, só pôde ser construída com o apoio maciço e decisivo da mídia velhaca e venal. Mas o governo do PT continuou empanturrando de dinheiro os jornalões, as revistas semanais do PIG e a Rede Globo.

Ao longo de oito anos, gente com vasta folha de serviços prestados ao partido, à democracia e ao país foi linchada dia e noite. Mas o partido se calou. A campanha insidiosa dos derrotados nas urnas visando a criminalização do PT já ultrapassa os limites da classe média mais tacanha e reacionária e faz eco em alguns estratos populares. Mas o governo Dilma não é capaz nem mesmo de enviar ao Congresso Nacional o projeto de regulação da radiodifusão elaborado pelo ex-ministro Franklin Martins e engavetado por Paulo Bernardo, naturalmente cumprindo ordens da presidenta.

Está certo que não se pode travar todas as batalhas ao mesmo tempo. Mas se o governo continuar se negando a enfrentar a mãe de todas as batalhas, a democratização da mídia, será um verdadeiro desastre para o PT, com potencial até mesmo para comprometer seu futuro. Não basta colher assinaturas para um Projeto de Lei de Iniciativa Popular e apoiar formalmente a regulação. É necessário pressionar a presidenta e o Congresso Nacional. Fazer da questão prioridade absoluta.

E não me venham com a historinha de que estamos bem nas pesquisas eleitorais para 2014, nas quais Dilma lidera com folga, etc e tal. Não é esse o debate.

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