GOLPE DE 64 E A IMPRENSA: 50 ANOS DEPOIS, A MANIPULAÇÃO CONTINUA

A mesa dirigente dos debates (Foto: Viomundo)
Por Luiz Carlos Azenha, no seu blog Viomundo, de 31/03/2014


Ao participar no sábado do evento TV Globo: Do Golpe de 64 à Censura Hoje, o professor Luiz Antonio Dias contou um pequeno causo. Ele descobriu nos arquivos da Unicamp pesquisas do Ibope, algumas das quais nunca divulgadas, demonstrando apoio a João Goulart, à política econômica de Goulart e às reformas de base propostas por ele. Pesquisas feitas em 1963 e às vésperas do golpe que derrubou o presidente constitucional, em 64.

Há alguns dias, o professor recebeu uma ligação de um jornalista de O Globo. Como estava na rua e não dispunha dos números exatos nas mãos, arredondou: disse que as reformas de Jango tinham cerca de 70% de apoio popular. No outro dia foi olhar no jornal e constatou: segundo o jornalista, 30% dos entrevistados rejeitavam as reformas! Ou seja, o jornalista optou pelo viés negativo e cometeu um erro, já que o número real dos que rejeitavam era de 9% — os demais não sabiam ou não responderam.

É a manipulação de informações, versão 2014!

Para ler mais e ver um vídeo da palestra no Viomundo:

Outra matéria sobre o mesmo evento, também no Viomundo:

Bia Kushnir: Além de apoiar o golpe, mídia foi colaboracionista

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