REVOLUCIONÁRIOS SEM ROSTO: UMA HISTÓRIA DA AÇÃO POPULAR (AP)





Otto Filgueiras, jornalista baiano vivendo há muitos anos em São Paulo

Otto não faz concessões, não cede, não capitula, não transige com a verdade ou com os princípios. Dos quantos livros sobre esse riquíssimo período da história, o livro de Otto talvez seja o mais autêntico testemunho da generosidade, da entrega e da bravura de uma geração de brasileiros. Sem espaços para o arrependimento, as lamúrias, a auto-complacência ou demonstrações de heroísmo.  E, notadamente, sem a fatuidade e a ligeireza que impedem uma reconstituição da verdade dos fatos, como, desgraçadamente, é o caso de várias obras sobre os anos 60, 70 e 80.
 
Por José Benedito Pires Trindade, no Correio da Cidadania, de 14/03/2014


O Volume 1: Primeiro Tempo do livro Revolucionários sem rosto: uma história da Ação Popular, do jornalista Otto Filgueiras, estará nas livrarias em maio.

Com um total de 85 capítulos, divididos em dois volumes, o livro narra a saga dos 18 anos de atuação da Ação Popular, mas não é um livro-reportagem e muito menos de memórias. Otto não é personagem. Além de ser cabotinagem, ele diz que sua breve militância não teve qualquer importância.

O livro é baseado principalmente na história documental da Ação Popular e também, quando comprovado pelo autor, no relato oral de antigos dirigentes, militantes, simpatizantes e familiares dos personagens.

Ele comprovou documentalmente que, ao longo de sua trajetória, a Ação Popular aglutinou mais de 25 mil militantes, simpatizantes e pelo menos um milhar deles deslocados para trabalhar em fábricas e no campo. A organização foi uma das espinhas-dorsais da resistência ao regime militar.

A pesquisa e entrevistas para o livro foram iniciadas há 28 anos, em 1986, mas ele só conseguiu concretizá-las a partir de 2001, quando começou a trabalhar em tempo integral no projeto, viajou uns 100 mil quilômetros pelo Brasil, principalmente de ônibus, entrevistou mais de 200 ex-dirigentes, ex-militantes e ex-simpatizantes da AP, familiares de militantes, advogados e ativistas de outras organizações, resultando em mais de 700 horas de fitas gravadas e todas transcritas.

Para ler mais no Correio da Cidadania:

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