FREI BETTO: POR MAIS REFORMAS ESTRUTURAIS - E MAIS UTOPIAS

Frei Betto. Foto: divulgação
Frei Betto (Foto: divulgação/Fazendo Media)


Em uma ‘entrevista-roteiro’, o dominicano perseguido pela ditadura que ajudou a fundar o PT afirma: “Estou convencido que no passado dos povos indígenas estão as dicas para o nosso futuro”.

Por Eduardo Sá, no blog Fazendo Media - a média que a mídia faz, de 03/05/2014

Embora tenha participado intensamente da construção do Partido dos Trabalhadores (PT) e seja amigo de Lula há décadas, o dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, mais conhecido como Frei Betto, não poupa críticas ao governo. Declara que seu voto nas eleições deste ano é de Dilma Rousseff, mas aponta diversas insuficiências e falhas no programa político do partido, sobretudo em relação à ética.

Frei Betto é jornalista, autor de mais de 50 livros e um dos expoentes da Teologia da Libertação no Brasil, corrente criada na Igreja Católica que, entre outras questões, lutou abertamente contra a última ditadura militar no país.

O filme nacional “Batismo de Sangue”, inspirado no livro de sua autoria, retrata o apoio do religioso à luta armada naquele período. Ficou preso durante quatro anos, foi torturado e depois morou cinco anos na periferia de Vitória (ES), onde ficou escondido do regime que lhe perseguia. Nunca deixou de lutar ao lado dos movimentos sociais, aos quais presta assessoria até hoje. Aos seus 69 anos, o escritor mineiro já recebeu prêmios literários e na área dos direitos humanos devido à sua trajetória marcada pela luta em defesa da justiça social.

Durante o lançamento no Rio de Janeiro do livro “O homem que amava os cachorros”, do escritor cubano Leonardo Padura, publicado pela Boitempo Editorial, o Fazendo Media conversou com o intelectual sobre temas de interesse nacional. Para ele, os governos do PT são despolitizantes e trocaram um projeto de Brasil por um projeto de poder. As reformas mais necessárias no país, segundo ele, não foram realizadas.

Na entrevista a seguir ele fala sobre as políticas públicas para o meio rural brasileiro, a necessidade de democratização da mídia e a conjuntura política na América Latina, entre outros temas.

Para ler a entrevista no Fazendo Media:

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