MAIS DE 6.000 PESSOAS PARTICIPAM DO MAIOR FORO PROGRESSISTA DOS ESTADOS UNIDOS



A Venezuela é protagonista em massivo evento da esquerda norte-americana

Rod Stoneman expôs exemplos sobre a manipulação de imagens para desequilibrar a linha informativa nas notícias, uma técnica, segundo ele, muito comum dos meios de comunicação corporativos e nas guerras.

Por Imprensa da Embaixada da Venezuela nos EUA – reproduzido do portal Aporrea.org, de 09/06/2014

Nova Iorque, 6 de junho de 2014 - Um total de 13 painéis sobre a Venezuela foram apresentados na décima conferência anual do Left Forum (Foro da Esquerda), evento que reúne o movimento progressista nos Estados Unidos, realizado de 30 de maio a 1º. de junho, no John Jay College of Criminal Justice de Nova Iorque.

Intelectuais, ativistas, progressistas, acadêmicos e o público em geral participaram do evento na busca de ideias alternativas para a crise capitalista. Neste sentido, a Venezuela protagonizou vários painéis onde se discutiram temas fundamentais como os direitos humanos, a liberdade de expressão, a soberania alimentar, o eco-socialismo, a economia e as políticas públicas.

A vice-ministra para a América do Norte, Claudia Salerno, convidada especial no painel Venezuela e os meios de comunicação corporativos: seu impacto nacional e internacional, destacou que as manifestações que vêm ocorrendo no país desde o mês de fevereiro se caracterizam pelo assassinato de policiais e cidadãos, a ocupação e destruição de propriedades públicas e privadas, para promover o ódio e a intolerância social através dos meios de comunicação e das redes sociais.

Salerno, que também é a enviada presidencial para Cambio (Mudança) Climático, referiu-se à denúncia ante a comunidade internacional sobre a derrubada de mais de 5.000 árvores para levantar barricadas nas manifestações, incluindo algumas em extinção, levada a cabo nos estados de Aragua, Bolívar, Distrito Capital, Carabobo, Mérida, Miranda, Táchira e Zulia.

Já a cônsul geral venezuelana em Nova Iorque, Carol Delgado, falou sobre as mensagens de ódio e intolerância que foram exibidas nas redes sociais pelos grupos da oposição venezuelana, e usou como exemplo as ameaças de morte aos filhos e familiares de altas figuras do governo.

Políticas solidárias para o povo venezuelano

No debate sobre Reforma e Revolução: Construindo a economia solidária através da política pública radical, o cônsul adjunto venezuelano em Boston, Omar Sierra, expôs sobre os processos de planificação e orçamento participativo que estão tendo lugar na Venezuela a nível local e a relação com o governo municipal, estadual e nacional.

Sierra falou sobre as conquistas e desafios que existem para consolidar os territórios comunais e enfocou um caso de estudo sobre o Conselho Local de Planejamento Público do Município de Torres, no Estado de Lara.

Também acadêmicos e personalidades de outros países compartilharam em painéis para defender o legado revolucionário, como é o caso do advogado sindicalista Daniel Kovalik, que expôs sobre seus estudos acerca dos direitos humanos nos segmentos mais pobres da Venezuela.

Kovalik destacou que as classes carentes nunca tiveram antes um governo que adaptasse suas políticas às necessidades do povo, deu ênfase em novos direitos que convenientemente não são mencionados pelas grandes organizações capitalistas de direitos humanos.

No âmbito da comunicação, Rod Stoneman, produtor irlandês que realizou o reconhecido documentário A Revolução não será televisionada (sobre o golpe de Estado contra Chávez em abril de 2002),  participou da discussão do tema Direitos Humanos e Liberdade de Expressão: 15 anos de governo socialista na Venezuela, onde expôs exemplos sobre a manipulação de imagens para desequilibrar a linha informativa nas notícias, uma técnica, segundo Stoneman, muito comum dos meios de comunicação corporativos e nas guerras.

As conferências do Left Forum contaram com a presença de palestrantes do nível do filósofo estadunidense Noam Chomsky, da escritora e ativista indiana Arundhati Roy, da jornalista e investigadora canadense Naomi Klein, do filósofo afro-estadunidense Cornel West, do vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, do sociólogo e crítico eslovaco Slavoj Zizekel, do jornalista estadunidense e ganhador do Pulitzer Chris Hedges, do ativista ambiental nigeriano Nnimmo Bassey, e do reverendo estadunidense Jesse Jackson.

Tradução: Jadson Oliveira

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