CUBA: RELATO EMOCIONADO DE DIRIGENTE UNIVERSITÁRIO QUE DIALOGOU COM FIDEL CASTRO

(Foto: Prensa Latina)
Fala das revoluções que vêm contra a filosofia dominante, e fala que não se pode deixar de acreditar nelas, pois cada revolução termina por renascer.


Havana, 3 fev (Prensa Latina) - O líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, sustentou um diálogo com o presidente da Federação Estudantil Universitária (FEU) de Havana, Randy Perdomo García, cuja versão publica hoje o diário Granma com fotos desse encontro.
A seguir, Prensa Latina transmite o texto integral da versão elaborada por Perdomo García, que aparece publicada no Granma.

Tudo começou com seu telefonema para o Escritório da FEU da Universidade de Havana no dia 22 de janeiro, às 9 e 20 da noite. Ainda que precedido pelo anúncio do momento que me esperava, a voz, tantas vezes ouvida de longe, foi impactante ao senti-la próxima.

_ "Randy, como está?"

_ "Comandante, bem. Não posso acreditar que vou conversar com você."

Ele ri e agradece "a mensagem que me fez chegar. Li-a várias vezes". Refere-se a nosso projeto de celebrar os 70 anos de seu ingresso à Universidade com uma jornada de amor e compromisso. Nota-lhe entusiasmado quando anuncia surpresa e me convida a uma conversa pessoalmente no dia seguinte.

Mas nessa mesma noite falaremos mais: cerca de 50 minutos. Soa tão imediato, como se os dois estivéssemos sentados no Salão dos Mártires que recordou várias vezes como local de reuniões de sua época na FEU.

"Já são 70 anos de meu ingresso à Universidade, que se cumprem em 4 de setembro!", diz-me.

Conversamos com alegria, como dois companheiros de turma: ele, com sua singeleza impressionante, tratando de que me sentisse em igualdade de condições. Eu, por minha parte, sem poder me explicar totalmente pela sorte extraordinária que me fazia viver esse instante único. Também inquieto e preocupado ao pensar em responder ao "bombardeio" de interrogações ao que sempre tem acostumados a seus interlocutores este conversador audaz.

Quis saber das condições da Universidade e da Casa Estudantil, o que havia sido antes de se converter em Casa da FEU, a quem pertenceu, em que ano ocorreu a mudança. Eu tentava responder tudo, consciente de que nunca estamos completamente preparados para ter todas as respostas que exige um diálogo desta magnitude. Não era uma prova e ao mesmo tempo era. Precisava transmitir muito em nome da juventude universitária, e essa pressão estava aí, ainda que o espírito do diálogo quase me fazia esquecer tudo.

Interessa-se pela localização atual de todas as carreiras da Universidade e ao falar sobre a Faculdade de Física, antiga de Arquitetura, fala emocionado de José Antonio Echeverría. Explico-lhe que Física se encontra agora no Edifício Varona, e me interrompe: "O edifício de Pedagogia!", diz e ali mesmo começa a indagar sobre as aulas.

Justamente quando já me punha novamente a suar, pelo temor de não ter todas as respostas, lança a pergunta que menos esperava: _ "Vem cá Randy, que quantidade de cadeiras tem uma sala nesta Faculdade de Física?"
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